18.8.15
Gabriela Point Of View
''As coisas sempre dão errado para mim'', a famosa frase que as pessoas repetem tantas vezes depois de se depararem em situações difíceis, até porque é mais fácil culpar o acaso do que assumir as consequências de um fracasso.
Aqui estava eu sentada no banco frio e solitário em frente ao condomínio do Harry, eu sempre me decepcionando, esse garoto era mesmo uma caixinha de surpresas, primeiro me convida para passar alguns dias em sua casa e me chama para acompanhá-lo na festa surpresa da namorada de um dos seus melhores amigos, e agora estava lá quase se atracando com aquela magrela sem sal, em uma situação como essa eu geralmente voltaria para o aeroporto pegaria o primeiro voo de volta, ou então me hospedaria em um hotel até me estabilizar, resumindo eu sempre fugia, demostrando ser forte e dar a segunda face, mas dessa vez eu não iria ser tão delicada, eu não poderia fingir que aquilo não me afetou, quando gostamos muito de algo e aquilo lhe é tirado é como se faltasse um pedaço de você e eu juro que eu tentei mas foi impossível não deixar que algumas lágrimas queimassem sobre minhas bochechas.
Harry Point Of View
-Droga-Praguejei passando as mãos sobre meus cabelos, eu estava nervoso e com medo da ração da Gabi ela provavelmente tacaria uma pedra na minha testa ou então nunca mais voltaria a olhar na minha cara, ela era totalmente imprevisível e eu nem se quer imaginava como ela reagiria diante dessa situação, eu confesso que minha vontade era tacar a Caroline no meio da rua, mas não era do meu feitio bater em mulheres, eu não iria ser covarde e agredi-la, até porque isso não faria com que as coisas fossem devidamente esclarecidas.
- Eu ficaria muito feliz se você saísse da minha casa. - Disse pegando minhas chaves e minha carteira, eu iria ir atrás da minha garota.
-Você pode deixar de ser rude, e parar de me ignorar. - Caroline estava chorando como se eu estivesse a martirizando.
-Faz o seguinte arreda o pé daqui se não quiser que eu avise a segurança do prédio, e por sinal eu nem sei porque eles deixaram você subir sem me avisar.
-Eu tenho assuntos a tratar Harry e não vou sair daqui enquanto não me ouvir.- Ela achava que iria conseguir me convencer com aquele papo mole.
-Vaza daqui mulher, deixa de se humilhar, nada do que você tenha a falar é importante. - Eu praticamente a chutei do meu apartamento fazendo com que ela batesse contra a parede.
-Eu vou destruir sua vida Harry, você pode está me ignorando agora, mas ainda vai pedir para voltar para mim de joelhos, seu ingrato. - Gritou ela se virando enquanto saía rebolando e colocando a mãos sobre as costas que se machucaram com o baque.
Eu tinha dor daquela mulher, ela era totalmente descontrolada e de algum forma achava que tinha controle sobre mim, enquanto tudo o que eu conseguia sentir era nojo, da sua cara de vadia oferecida.
Eu estava tão nervoso com essa situação que não teria condições de sair atrás da Gabriela, não agora, ela com certeza devia está me achando um canalha que a iludiu, mas isso não era verdade, e eu precisava convencê-la disso.
Fechei a porta do meu apartamento e seguir em direção ao meu quarto eu havia até perdido a fome, disquei o número do seu celular e ela não me atendeu como era de se esperar, deitei em minha cama e fechei os olhos tentando pensar em uma maneira de convencê-la que a louca da Caroline que havia invadido meu condomínio e dado a intender que tínhamos algo.
Gabriela Point Of View
Quando aquela porta se abriu uma faísca acendeu-se em meu peito, eu havia achado que por um momento Harry sairia naquela porta atrás de mim e diria que tudo não passou de um mal entendido, mas não muito mais do que isso, muito pior e irrelevante, Caroline saiu do condomínio, ela carregava uma linda bolsa de marca, e usava óculos escuros, eu poderia jurar que ela estava olhando para mim, mas não dava para enxergar através das lentes.
Abaixei a cabeça ignorando sua presença e voltei a encarar o vazio pensando em como encontrar um hotel a essa hora, eu estava morrendo de fome, o frio estava acabando comigo e eu precisava descansar, agora que aquela vadia havia ido embora eu até poderia pensar na possibilidade de voltar, mas seria humilhação de mais.
Ou não, acordei dos meus pensamento ao ver uma ligação de Harry, eu recusei, não estava á fim de ouvir sua voz deslavada a essa hora da manhã, se ele queria tanto dizer algo que dissesse pessoalmente.
Me levantei daquele banco e me virei pensando ir até o ponto de táxi que ficava no final da rua, mas uma senhora de idade olhava-me com olhos tristes e cansados, me aproximei até ela e a mesma sorriu com minha presença.
-Como vai minha jovem?
-Eu vou bem, eu só queria saber se a senhora está bem, você me parece triste.
-São as saudades minha filha, hoje fazem sete anos que meu amado Julio se foi, ele era um lindo chefe de cozinha, nos conhecemos há quase quarenta anos atrás, e ficamos juntos por longos 30 anos, até a maldita doença levá-lo de mim. - Ela falava com tanta doçura como se aquilo não te chatiasse mas fizesse com que ela tivesse boas lembranças.
-Eu sinto muito.
-Não sinta querida, você é tão jovem e não está com o olhar muito diferente do meu, ao menos já vivi um grande amor, tenho dois lindos filhos e três netos, a saudades é compensada pelo amor que recebo de toda minha família.
-Não é nada demais, só estou um pouco indisposta.
-Não minta para sí mesma querida, o tempo passa depressa, se não vivermos cada minuto intensamente ficamos velhos e sozinhos. - Era interessante uma senhora de prováveis oitenta anos falando da velhice dessa forma.
-Gabi. -Fomos interrompidas pela voz rouca de Harry, ele tinha um olhar indecifrável e a senhora que eu nem se quer sabia o nome olhava-nos sorrindo.
-Acho que é esta sua indisposição.- Disse ela se levantando e seguindo para o outro lado da praça.
Harry me encarava e eu não sabia o que fazer ou dizer.
''As coisas sempre dão errado para mim'', a famosa frase que as pessoas repetem tantas vezes depois de se depararem em situações difíceis, até porque é mais fácil culpar o acaso do que assumir as consequências de um fracasso.
Aqui estava eu sentada no banco frio e solitário em frente ao condomínio do Harry, eu sempre me decepcionando, esse garoto era mesmo uma caixinha de surpresas, primeiro me convida para passar alguns dias em sua casa e me chama para acompanhá-lo na festa surpresa da namorada de um dos seus melhores amigos, e agora estava lá quase se atracando com aquela magrela sem sal, em uma situação como essa eu geralmente voltaria para o aeroporto pegaria o primeiro voo de volta, ou então me hospedaria em um hotel até me estabilizar, resumindo eu sempre fugia, demostrando ser forte e dar a segunda face, mas dessa vez eu não iria ser tão delicada, eu não poderia fingir que aquilo não me afetou, quando gostamos muito de algo e aquilo lhe é tirado é como se faltasse um pedaço de você e eu juro que eu tentei mas foi impossível não deixar que algumas lágrimas queimassem sobre minhas bochechas.
Harry Point Of View
-Droga-Praguejei passando as mãos sobre meus cabelos, eu estava nervoso e com medo da ração da Gabi ela provavelmente tacaria uma pedra na minha testa ou então nunca mais voltaria a olhar na minha cara, ela era totalmente imprevisível e eu nem se quer imaginava como ela reagiria diante dessa situação, eu confesso que minha vontade era tacar a Caroline no meio da rua, mas não era do meu feitio bater em mulheres, eu não iria ser covarde e agredi-la, até porque isso não faria com que as coisas fossem devidamente esclarecidas.
- Eu ficaria muito feliz se você saísse da minha casa. - Disse pegando minhas chaves e minha carteira, eu iria ir atrás da minha garota.
-Você pode deixar de ser rude, e parar de me ignorar. - Caroline estava chorando como se eu estivesse a martirizando.
-Faz o seguinte arreda o pé daqui se não quiser que eu avise a segurança do prédio, e por sinal eu nem sei porque eles deixaram você subir sem me avisar.
-Eu tenho assuntos a tratar Harry e não vou sair daqui enquanto não me ouvir.- Ela achava que iria conseguir me convencer com aquele papo mole.
-Vaza daqui mulher, deixa de se humilhar, nada do que você tenha a falar é importante. - Eu praticamente a chutei do meu apartamento fazendo com que ela batesse contra a parede.
-Eu vou destruir sua vida Harry, você pode está me ignorando agora, mas ainda vai pedir para voltar para mim de joelhos, seu ingrato. - Gritou ela se virando enquanto saía rebolando e colocando a mãos sobre as costas que se machucaram com o baque.
Eu tinha dor daquela mulher, ela era totalmente descontrolada e de algum forma achava que tinha controle sobre mim, enquanto tudo o que eu conseguia sentir era nojo, da sua cara de vadia oferecida.
Eu estava tão nervoso com essa situação que não teria condições de sair atrás da Gabriela, não agora, ela com certeza devia está me achando um canalha que a iludiu, mas isso não era verdade, e eu precisava convencê-la disso.
Fechei a porta do meu apartamento e seguir em direção ao meu quarto eu havia até perdido a fome, disquei o número do seu celular e ela não me atendeu como era de se esperar, deitei em minha cama e fechei os olhos tentando pensar em uma maneira de convencê-la que a louca da Caroline que havia invadido meu condomínio e dado a intender que tínhamos algo.
Gabriela Point Of View
Quando aquela porta se abriu uma faísca acendeu-se em meu peito, eu havia achado que por um momento Harry sairia naquela porta atrás de mim e diria que tudo não passou de um mal entendido, mas não muito mais do que isso, muito pior e irrelevante, Caroline saiu do condomínio, ela carregava uma linda bolsa de marca, e usava óculos escuros, eu poderia jurar que ela estava olhando para mim, mas não dava para enxergar através das lentes.
Abaixei a cabeça ignorando sua presença e voltei a encarar o vazio pensando em como encontrar um hotel a essa hora, eu estava morrendo de fome, o frio estava acabando comigo e eu precisava descansar, agora que aquela vadia havia ido embora eu até poderia pensar na possibilidade de voltar, mas seria humilhação de mais.
Ou não, acordei dos meus pensamento ao ver uma ligação de Harry, eu recusei, não estava á fim de ouvir sua voz deslavada a essa hora da manhã, se ele queria tanto dizer algo que dissesse pessoalmente.
Me levantei daquele banco e me virei pensando ir até o ponto de táxi que ficava no final da rua, mas uma senhora de idade olhava-me com olhos tristes e cansados, me aproximei até ela e a mesma sorriu com minha presença.
-Como vai minha jovem?
-Eu vou bem, eu só queria saber se a senhora está bem, você me parece triste.
-São as saudades minha filha, hoje fazem sete anos que meu amado Julio se foi, ele era um lindo chefe de cozinha, nos conhecemos há quase quarenta anos atrás, e ficamos juntos por longos 30 anos, até a maldita doença levá-lo de mim. - Ela falava com tanta doçura como se aquilo não te chatiasse mas fizesse com que ela tivesse boas lembranças.
-Eu sinto muito.
-Não sinta querida, você é tão jovem e não está com o olhar muito diferente do meu, ao menos já vivi um grande amor, tenho dois lindos filhos e três netos, a saudades é compensada pelo amor que recebo de toda minha família.
-Não é nada demais, só estou um pouco indisposta.
-Não minta para sí mesma querida, o tempo passa depressa, se não vivermos cada minuto intensamente ficamos velhos e sozinhos. - Era interessante uma senhora de prováveis oitenta anos falando da velhice dessa forma.
-Gabi. -Fomos interrompidas pela voz rouca de Harry, ele tinha um olhar indecifrável e a senhora que eu nem se quer sabia o nome olhava-nos sorrindo.
-Acho que é esta sua indisposição.- Disse ela se levantando e seguindo para o outro lado da praça.
Harry me encarava e eu não sabia o que fazer ou dizer.
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